Nascemos gênios, dai vem a educação e acaba com a festa…
Dados colhidos numa pesquisa realizada ao longo de mais de vinte e cinco anos por cientistas do comportamento da Utah University. Testes de criatividade realizados pelo Dr. Calvin Taylor, apresentados no livro do Dr. George Land (“Ponto de Ruptura e Transformação”), indicam uma realidade impressionante: oito tipos de testes de criatividade aplicados num universo de aproximadamente mil e seiscentos indivíduos avaliados em diferentes fases da vida evidenciaram o seguinte: 98% de um grupo de crianças comuns, cuja idade se situava entre três e cinco anos, apresentaram desempenho de criatividade correspondente à genialidade; posteriormente, 32% das crianças, entre oito e dez anos, possuíam grau de gênio; apenas 10%, entre treze e quinze anos, ainda permaneciam “gênios”; e, finalmente, restaram apenas 2% dos jovens adultos acima de vinte e cinco anos com essas competências. Seriam esses dados as evidências que precisamos para projetar uma nova escola?
(Fonte: Aprendendo a Aprender, Rubens Queiroz de Almeida – Grifos meus)
Sempre fui preocupado com as questões dos processos educacionais – que eu prefiro simplesmente chamar de processos de ensinagem, já que educar é muito mais que ensinar. Ao ler os dados acima, mais uma vez volto às minhas convicções: raros são aqueles que realmente não aprendem ou não conseguem aprender. Muitos são aqueles que não ensinam, não sabem ensinar, e ainda impedem o pequeno gênio (como os dados mostram, praticamente todas as crianças humanas) de desenvolver seu potencial nato.
O nível de preparo dos ensinantes (chamados educadores, contratados como tais, e assim por diante) está tão aquém da potencialidades daqueles a quem ensinam, que é vexatório e despropositado o uso do termo educador para designar suas funções. A cada dia mais cursos, e menos qualidade. A cada dia mais faculdades e menos pensadores. A cada dia mais especialização, e menos inteligência. A cada dia mais pontes que levam de lugar algum para lugar nenhum, e menos investimento em desenvolvimento e pesquisas.
Enquanto a ciência galopa dengosamente entre os prados da ignorância, a politica e a economia debatem-se nos fundos poços que cavaram ao longo de séculos em que procuraram debaixo de seu próprio nariz a fonte da vida.
Enquanto as neurociências descobrem de forma cada vez mais contundente os sinais e caminhos para a libertação, crescimento e desenvolvimento, mais e mais os recursos econômicos e financeiros necessários à estimulação da aprendizagem significativa e potencial são dilapidados em alcovas insalubres de prazer e gozo de poucos.
A Psicologia, a Pedagogia, a Psicopedagogia, a Neuropedagogia, a Neuropsicologia e tantas outras ciências do desenvolvimento humano já descobriram, faz muito tempo, que todos somos potencialmente gênios, com capacidades ilimitadas – e Cristo já dizia isso há mais de 2.000 anos, mas ainda precisamos viver no cabresto da mente insana de nossos governantes, preocupados mais com seus próprios umbigos do que com o crescimento da nação, da humanidade, gastando todas as energias para minar qualquer potencial intelectual ou cognitivo que possa trazer uma nova verdade à tona, e mostrando de maneira clara e descoberta, para quem queira ver, o quanto é desnecessário qualquer principio ético, moral, desenvolvimentista, educacional. Mostrando como é muito mais fácil ser um ignorante esperto. Que não é a humanidade que precisa do ser humano, mas que alguns poucos seres humanos, ignorantes – mas espertos, precisam da humanidade, de pessoas que realizem, segundo suas mentes insanas e doentias. Algo me faz lembrar os grandes imperadores e faraós da história, e é impossível não associá-los com os dissimulados governantes atuais.
A verdade é que temos em cada criança um grande messias da humanidade, temos em cada criança um verdadeiro avatar, um salvador. Infelizmente, para o bem de poucos, devemos corrompê-los a acreditar que na verdade não passam de simples e ignorantes mortais, que devem viver na fome, na violência, na ignorância ou na miséria, e que o mundo é assim mesmo, dessa forma que o apresentamos a eles: alguns poucos mandam – os ignorantes, os outros obedecem – os inteligentes. Lembro que sempre escutei daqueles que queriam me comandar: manda quem pode, obedece quem tem juízo. Que aprendizado lindo….
Essas crianças, nossos pequenos gênios, devem ser conduzidos pelos processos “educacionais” a crerem que suas inteligências devem ser moldadas e modeladas pelos ilustres senhores professores nos quais devem acreditar e jamais contestar, somente acreditar. Devem acreditar que não há nada a ser descoberto, que não há uma nova maneira de fazer as coisas. Devem acreditar na leis, nas regras, na religião, na ciência, em vez de aprender a duvidar, a buscar, a criar, a criar um mundo novo… admirável mundo novo. Nossos pequenos gênios devem acreditar nos seus limites, nas suas incapacidades.
E como não poderia deixar de ser, os maiores e mais poderosos professores de hoje são os meios de comunicação. Infelizmente, o que sobra para nossos pequenos gênios depois das magníficas novelas exibidas nas emissoras brasileiras, é assistir BBB, aquele programa altamente qualificado, com poder soberano de educar para o bem, para o bom, para o nobre, para o pensamento edificante, para a qualificação humana….
Desejo que pensem nisso, principalmente as pessoas envolvidas com a ensinagem e a educação.
Roberte Metring
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Sucesso e paz.
Varekai (onde quer que seja)
Roberte Metring – CRP 03/12745
Não me peça explicações, não as tenho. Eu simplesmente aconteço.
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